A Arte de Falar em Público

 

Um dos mais apreciados pelos estudiosos do tema é “Arte Retórica de Aristóteles”. Com o filósofo grego Aristóteles, a retórica, que se refere ao falar em público a oratória ganhou campo e começou a se desenvolver. Por muitos séculos, falar bem em público era uma característica que todo o homem que queria se destacar deveria ter, sendo ela uma das qualidades mais importantes.

Com o passar dos séculos, a oratória ganhou novo sentido e, na época medieval, mais importante do que falar bem, era a argumentação. Ela servia para iniciar uma disputa, a qual exigia a formulação de um problema e argumentos a favor e contra, uma solução, fundamentação postas às objeções postas ou supostas. Nesse momento, também surgiram os elementos da oratória, para fortalecer as palavras, como o tom da voz, a entoação, a dicção e os gestos.

A oratória chegou aos dias de hoje bastante diferente, quando se presa por um discurso mais objetivo e natural, sem tantos adornos, como até pouco tempo era um elemento essencial para ter uma boa oratória.

O que se fala é apenas um dos itens de uma oratória de qualidade, uma vez que estudos apontam que as palavras prendem somente 7% da audiência. Já a voz é responsável por 38% da atenção e a maior parte, os 55% restantes, é graças à comunicação não verbal, seja o ritmo da voz, seja a entonação, a postura e os gestos.

Conhecer o público é outro elemento da oratória relevante, ainda mais hoje, quando se democratizou, ao menos em parte, o acesso aos grandes discursos, se comparado à antiguidade. Nesse sentido, uma dica aos oradores sobre o público diz que quanto maior for o público e menor o seu nível intelectual, mais presente deve estar à gesticulação. Já as plateias menores e mais preparadas intelectualmente exigem gestos mais moderados.

Paulo Cesar de A. Cardoso
Diretor, WISE COACH